Entenda como a meteorologia pode ajudar a reduzir impactos causados por desastres naturais

Em um período de grandes alterações climáticas, seguro paramétrico mensura o risco e pode reduzir danos.

Publicado em 07/04/2022 14h37 . Última modificação 19/04/2022 09h45 .

Publicado recentemente pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), o relatório Climate Change 2022: Mitigation of climate change” apontou que as alterações climáticas vistas em todo o mundo são resultado de mais de um século de utilização de energia de maneira insustentável na terra, somado a estilos de vida e padrões de consumo e produção problemáticos.

Com a importância cada vez maior de se acompanhar tais mudanças e seus impactos no meio-ambiente, além da ocorrência de mais desastres naturais, o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) trabalhou nos últimos meses, na atualização dos cálculos das “Normais Cimatológicas (1991-2020)” dos últimos 30 anos, visando identificar possíveis mudanças no padrão das variáveis meteorológicas no Brasil.

Tais valores servem como referência para a definição do clima em determinados locais, especialmente à partir do ano 2000, quando a vulnerabilidade natural do clima terrestre motivou uma preocupação constante com a mudança climática global, seja por causas naturais ou por interferência das atividades humanas.

Outra grande questão é o aumento da temperatura global. Tanto a publicação do IPCC quanto as Normais Climatológicas divulgadas pelo INMET indicam a elevação nas temperaturas tanto no globo como no Brasil. Eventos extremos de ondas de calor e também de chuvas, ocasionados entre dezembro de 2021 e fevereiro de 2022 no Brasil, aconteceram em decorrência das novas variabilidades climáticas.

Soluções

De acordo com o descrito no relatório do IPCC, “Climate Change 2022: Mitigation of climate change”, é necessário adotar políticas de infra-estrutura e tecnologia adequadas para permitir que as mudanças necessárias para a regularização do clima sejam feitas. Especialmente ações de mitigação de riscos, como a utilização mais eficiente de materiais, a reutilização e reciclagem de produtos e a minimização de resíduos, o que beneficiaria a biodiversidade e ajudaria na adaptação às alterações climáticas.

Por sua vez, o INMET tem promovido a construção do Seguro paramétrico em que a seguradora, o cliente e o corretor acordam um parâmetro que vai disparar o gatilho de cobertura da apólice do seguro. Esse parâmetro é ligado a variáveis climáticas, como por exemplo, excesso ou falta de chuva ou de vento ou ainda variações não esperadas em níveis de temperatura. O contrato de seguro define o período em que o parâmetro precisa ser atingido, a localização de cobertura e as informações climáticas do INMET.

Se, durante o período de vigência da apólice, o parâmetro for atingido, a indenização é feita conforme o contratado.

O Instituto de Meteorologia também tem apoiado empresas do agronegócio a realizarem uma Análise Gestão de Risco Climático personalizada por meio do sistema de previsão climática do INMET e a escolha de indicadores economicos/climaticos que reduzem os impactos negativos das mudanças climáticas.





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