A missão do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), órgão do Ministério da Agricultura e Pecuária, é agregar valor à produção no Brasil por meio de informações meteorológicas. Esta missão é alcançada por meio de monitoramento, análise e previsão de tempo e de clima, que se fundamentam em pesquisa aplicada, trabalho em parceria e compartilhamento do conhecimento, com ênfase em resultados práticos e confiáveis.
A estrutura organizacional do INMET contempla sua sede, em Brasília, com quatro Coordenações-Gerais, e os 6 Distritos de Meteorologia (DISMEs), distribuídos estrategicamente nas capitais, com o propósito de estabelecer parcerias e melhor atender os usuários.
São atribuições do INMET: elaborar e divulgar, diariamente, em nível nacional, a previsão do tempo, avisos e boletins meteorológicos especiais; promover a execução de estudos e levantamentos meteorológicos e climatológicos aplicados à agricultura e outras atividades correlatas; coordenar, elaborar e executar programas e projetos de pesquisas agrometeorológicas e de acompanhamento das modificações climáticas e ambientais; estabelecer, coordenar e operar as redes de observações meteorológicas e de transmissão de dados, inclusive aquelas integradas à rede internacional; propor a programação e acompanhar a implementação de capacitação e treinamento de recursos humanos, em atendimento a demandas técnicas específicas.
O INMET representa o Brasil junto à Organização Meteorológica Mundial (OMM) e, por delegação desta Organização, é responsável pelo tráfego das mensagens coletadas pela rede de observação meteorológica da América do Sul e os demais centros meteorológicos que compõem o Sistema de Vigilância Meteorológica Mundial. Ainda por designação da OMM, o Brasil, por meio do INMET, deve sediar um Centro de Sistema de Informação Mundial (GISC, na sigla em inglês), integrante do principal núcleo do novo Sistema de Informação da OMM (WIS, na sigla em inglês). O WIS é resultado da evolução do Sistema Mundial de Telecomunicações (GTS).
O Sistema de Coleta e Distribuição de Dados Meteorológicos do Instituto (temperatura, umidade relativa do ar, direção e velocidade do vento, pressão atmosférica, precipitação, entre outras variáveis) é dotado de estações de sondagem de ar superior (radiossonda); estações meteorológicas de superfície, operadas manualmente; e a maior rede de estações automáticas da América do Sul.
A rede de estações meteorológicas automáticas utiliza o que há de mais moderno internacionalmente. Os dados coletados por essa rede são disseminados, de forma democrática e gratuita, em tempo real, na página https://portal.inmet.gov.br, e têm aplicação em todos os setores da economia, de modo especial no agropecuário e em apoio à Defesa Civil.
O Banco de Dados Meteorológicos do INMET já incorporou, em forma digital, em seu acervo, informações diárias coletadas desde 1961. Encontra-se em plena atividade um Projeto de Recuperação Digital de Dados Históricos que agregará à base de dados meteorológicos aproximadamente 12 milhões de documentos – patrimônio do clima observado desde tempos do Império (antes de 1900).
Modelos físico-matemáticos, de última geração e alta resolução, processados em supercomputadores, simulam o comportamento futuro da atmosfera e permitem que os meteorologistas façam previsão de tempo com dias de antecedência, dentro de padrões internacionais. Imagens obtidas por satélites também são ferramentas utilizadas na previsão e no monitoramento de tempo.
O INMET possui uma Biblioteca Nacional de Meteorologia com acervo de cerca de 20 mil volumes sobre meteorologia e áreas afins, incluindo obras raras do antigo Imperial Observatório (posteriormente Observatório Nacional), obras técnicas, livros, periódicos, revistas, boletins e publicações técnicas da OMM.
História: de 1909 até o momento – O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) foi criado pelo Decreto 7.672 do presidente Nilo Peçanha, em 18 de novembro de 1909, com o nome de Diretoria de Meteorologia e Astronomia, vinculado ao Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio. Ao longo de sua trajetória, o Instituto passou por várias denominações até chegar a Instituto Nacional de Meteorologia (Lei 8.490, de 19 de novembro de 1992).