Nota de Destaques Meteorológicos em outubro de 2025

Maiores volumes de chuva na região Norte e Sul e baixos na região Nordeste

Publicado em 06/11/2025 11h22 . Última modificação 06/11/2025 14h08 .

A Figura 1 ilustra os acumulados de precipitação registrados ao longo do mês de outubro de 2025, e a Figura 2 apresenta as anomalias de chuva do mês, considerando a média climatológica de outubro de 1991-2020. Observa-se que os maiores volumes do mês ocorreram no Amazonas, Acre, São Paulo, Paraná e norte do Rio Grande do Sul, enquanto grande parte da Região Nordeste apresentou baixos volumes de chuva.

Na Região Norte, os maiores acumulados concentraram-se no Amazonas, no noroeste do Acre e em áreas isoladas do centro-sul do Pará, onde os volumes ultrapassaram os 150 mm (tons em azul na Figura 1). Essas mesmas áreas registraram anomalias positivas de chuva de até 100 mm em relação à média histórica de outubro (Figura 2). Destacam-se os volumes mensais registrados nas estações meteorológicas de Codajas (AM) com 284,5 mm, Novo Aripuanã (AM) com 229,4 mm, e Manaus (AM) com 223,6 mm. Em contraste, áreas do norte do Amapá, norte do Pará e sudeste de Rondônia apresentaram volumes inferiores a 40 mm, com destaque para a estação de Peixe (TO), onde foram registrados apenas 20,8 mm, valor 77% abaixo da média histórica de outubro para o município.

Na Região Nordeste, os maiores volumes foram observados na costa litorânea da Bahia e Sergipe, com acumulados superiores a 40 mm (tons em verde na Figura 1). Por outro lado, em grande parte do interior nordestino predominou a condição de tempo seco, com acumulados inferiores a 30 mm (tons em amarelo e laranja na Figura 1). Anomalias positivas de chuva ocorreram na costa litorânea da Bahia e sudeste do Sergipe, com volumes mensais até 50 mm acima da média histórica de outubro (Figura 2). Destacam-se as estações de Guaratinga (BA), Itabaianinha (SE) e Salvador (BA), com volumes mensais de 131,1 mm, 112,4 mm e 105 mm, os quais estiveram 47,6%, 66,7% e 31% acima de suas respectivas médias históricas de outubro.

Na Região Centro-Oeste, os maiores acumulados de outubro foram registrados no centro-sul do Mato Grosso do Sul e centro-oeste do Mato Grosso, com volumes superiores a 90 mm (áreas em verde escuro e azul na Figura 1). Destacam-se as estações de Cotriguaçú (MT), Ivinhema (MS) e Sete Quedas (MS), com registros de totais mensais de 222,8 mm, 218,8 mm e 190,0 mm, respectivamente. Anomalias positivas de precipitação estiveram concentradas somente no extremo sul do Mato Grosso do Sul e sudoeste do Mato Grosso, com volumes mensais até 50 mm acima da média histórica (Figura 2). Por outro lado, ressaltam-se os baixos volumes de chuva registrados em diversas estações de Goiás, como em Posse (GO), cujo total mensal de 18,0 mm esteve 82% abaixo da média histórica de outubro.

Na Região Sudeste, predominaram volumes superiores a 50 mm, principalmente no centro-sul de São Paulo e maior parte dos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (áreas em verde escuro e azul na Figura 1). Por outro lado, na maior parte de Minas Gerais os volumes não ultrapassaram os 40 mm mensais. Destacam-se as estações de Teresópolis (RJ), Pico do Couto (RJ) e Rancharia (SP), com acumulados de 288,2 mm, 215,2 mm e 205,2 mm no mês de outubro, respectivamente. Áreas como o extremo sul de São Paulo, centro-oeste de São Paulo, além das porções oeste, central e norte de Minas Gerais, apresentaram anomalias positivas de chuva, enquanto o restante da região teve volumes mensais abaixo da média climatológica (Figura 2).

Em grande parte da Região Sul, os volumes de chuva foram superiores a 90 mm (tons em verde escuro e azul na Figura 1). Os maiores acumulados, acima de 150 mm (tons em azul na Figura 1), concentraram-se no centro-oeste do Paraná, oeste de Santa Catarina e norte do Rio Grande do Sul. Os maiores acumulados mensais foram registrados nas estações meteorológicas de Ivaí (PR), Marechal Cândido Rondon (PR) e Campina da Lagoa (PR), com 266,8 mm, 246,2 mm e 243,2 mm, respectivamente. Observa-se que essas mesmas regiões (exceto o oeste de Santa Catarina) apresentaram anomalias positivas de chuva em outubro, com volumes mensais até 100 mm acima da média histórica do mês (Figura 2).


Figura 1 – Mapa do acumulado de precipitação (mm) em outubro de 2025. Tons em azul escuro indicam áreas mais chuvosas, cuja redução de volumes é representada pela gradação do azul claro, passando pelo verde escuro/claro até os tons de laranja/amarelo.

Figura 2 – Anomalias de precipitação mensal (mm) para o mês de outubro de 2025, considerando a média climatológica do período 1991-2020.


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