Tempestades e calor intenso marcam a semana do Natal
Previsão de volumes elevados de chuva no Rio Grande do Sul e calor acima da média em parte do país.
Grandes volumes de chuva, risco de tempestades severas e possibilidade de granizo no Rio Grande do Sul e altas temperaturas em áreas do Sul, Centro-Oeste e Sudeste são os principais destaques da previsão do tempo divulgada pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para a semana do Natal.
Com a chegada oficial do verão, o calor e a umidade favorecem a formação de áreas de instabilidade em diversas partes do Brasil. Os maiores acumulados de chuva estão previstos para a região Sul e para a faixa centro-norte do país, que abrange o sul do Amazonas, o norte do Mato Grosso e o oeste do Pará. Nessas áreas, os volumes podem ultrapassar os 150 milímetros ao longo da semana. Enquanto o Sul enfrenta instabilidades intensas, outras regiões do país devem registrar tempo firme, calor e baixos índices de umidade relativa do ar.
No Nordeste, a tendência é de uma semana mais seca. As exceções ficam por conta de áreas do sertão da Bahia e dos estados do Maranhão e Piauí, onde podem ocorrer pancadas de chuva isoladas e de baixo acumulado. No interior da maioria dos estados, a umidade relativa do ar deve ficar abaixo dos 30%, exigindo atenção para o tempo seco.
Na Região Norte, os maiores acumulados de chuva devem se concentrar na área de divisa entre os estados do Amazonas e do Pará, impulsionados pela intensa combinação de calor e umidade. O nordeste do Amapá também pode registrar volumes elevados.
No Centro-Oeste, a semana começa com volumes elevados de chuva no norte do Mato Grosso e no oeste de Goiás, onde os acumulados podem superar os 100 milímetros. Nas demais áreas da região, a chuva ocorre de forma mais irregular, e a umidade relativa do ar deve variar entre 30% e 50%. Áreas do Mato Grosso do Sul e de Goiás estão em atenção devido a previsão de elevadas temperaturas (5°C acima da média) entre hoje (23) e quinta-feira (25).
Para o Sudeste, a previsão indica predomínio de tempo firme durante toda a semana. As temperaturas permanecem elevadas, com valores que podem alcançar 5°C acima da média principalmente nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Os índices de umidade relativa do ar devem variar entre 30% e 45% na maior parte da região, caracterizando um período mais seco.
Entre esta terça-feira (24/12) e sexta-feira (26/12), a Região Sul do Brasil deverá enfrentar um período de chuvas persistentes, especialmente nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Esse cenário está associado ao transporte contínuo de umidade proveniente da Amazônia em direção ao Sul do país, aliado à formação recorrente de áreas de Baixa Pressão a oeste da região. Essa configuração mantém a atmosfera instável e favorece a persistência das chuvas, acompanhadas por descargas elétricas, rajadas de vento e, pontualmente, queda de granizo.
No Rio Grande do Sul, os acumulados de chuva podem superar 100 mm em até 6 horas. Os maiores volumes são esperados entre a tarde e a noite de hoje (23), especialmente no oeste do estado. Na quarta-feira (24), a chuva avança para o centro do Rio Grande do Sul, persistindo até pelo menos quinta-feira (25). Há previsão de rajadas de vento superiores a 100 km/h, principalmente entre a madrugada e a manhã de quarta-feira (24) na Campanha Gaúcha, e ao longo da quinta-feira (25) no centro-norte do estado.
Em Santa Catarina, os volumes de chuva também devem ser expressivos, com destaque para o litoral sul, principalmente na quinta-feira (25) e sexta-feira (26), quando os acumulados de chuva podem chegar a 70 mm. No Paraná, embora os volumes previstos sejam menores, a maior concentração dos acumulados deverá ocorrer no oeste do estado, entre hoje (23) e amanhã (24).
Destaca-se que os estados do Paraná e Santa Catarina também estão em atenção devido as elevadas temperaturas previstas, podendo alcançar valores 5°C acima da média entre hoje (23) e quinta-feira (25).
O INMET é um órgão do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e representa o Brasil junto à Organização Meteorológica Mundial (OMM) desde 1950.
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