Nota de Destaques Meteorológicos em setembro de 2025

Chuvas expressivas na Região Norte e sul da Região Sul, temperaturas registraram valores acima da média

Publicado em 08/10/2025 13h33 . Última modificação 08/10/2025 13h44 .
Figura 1 – Mapa do acumulado de precipitação (mm) nos 30 dias de setembro. Tons em azul escuro indicam áreas mais chuvosas, cuja redução de volumes é representada pela gradação do azul claro, passando pelo verde escuro/claro até os tons laranja/amarelo).


A Figura 1 ilustra os acumulados de precipitação registrados ao longo do mês de setembro. Observa-se que os maiores volumes ocorreram na porção oeste e sul da Região Norte, bem como no sul da Região Sul. Já em grande parte das regiões Centro-Oeste, Sudeste, norte da Região Norte e o interior do Nordeste, os volumes de chuva foram baixos.

Tabela 1 – Precipitação total acumulada em setembro de 2025 indicando os maiores desvios (positivos) nos estados do Espírito Santo (ES), Pernambuco (PE), Goiás (GO) e Rio Grande do Sul (RS), e os menores desvios (negativos) em São Paulo (SP), Mato Grosso (MT) e Pará (PA).

Na Região Norte, os maiores acumulados concentraram-se na porção oeste, com destaque para o sudoeste e centro do Amazonas, além do oeste do Acre, onde os volumes ultrapassaram 150 mm (tons em azul-claro na Figura 1). Esse padrão está associado à atuação de instabilidades convectivas locais e ao transporte de umidade proveniente do oceano Atlântico Norte em direção ao continente, o que favorece a ocorrência de chuvas intensas na região. Destacam-se as estações meteorológicas de Feijó (AC), com 213,2 mm; Manicoré (AM), com 178,6 mm; e Novo Aripuanã (AM), com 171,6 mm. Em contraste, áreas do norte de Roraima, Amapá, porção do Baixo Amazonas, Marajó, nordeste do Pará e sul do Tocantins apresentaram volumes inferiores a 40 mm, com destaque para a estação de Breves, onde foi registrado apenas 4,2 mm, valor 94,5% abaixo da média histórica (Tabela 1).

Na Região Nordeste, os maiores volumes foram observados no litoral leste, especialmente nos estados de Alagoas, Pernambuco e Sergipe, com acumulados superiores a 70 mm (tons de verde na Figura 1). Destaca-se a estação de Arcoverde (PE), onde foi registrado um total mensal de 73,3 mm, ou seja, 272% acima da média histórica (Tabela 1). Por outro lado, em grande parte do interior nordestino predominou a condição de tempo seco, com acumulados inferiores a 40 mm (tons de laranja e amarelo na Figura 1).

Na Região Centro-Oeste, os menores acumulados de setembro foram registrados no centro-sul do Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal e no centro-norte do Mato Grosso do Sul, com volumes inferiores a 40 mm (áreas em laranja e amarelo na Figura 1). Destaca-se a estação de Padre Ricardo Remetter (MT), que registrou apenas 1,9 mm, valor 95,7% abaixo da média histórica (Tabela 1). Em áreas do extremo norte do Mato Grosso, centro-sul de Goiás e extremo sul do Mato Grosso do Sul, os acumulados de chuva foram superiores a 40 mm, com destaque para o município de Itumbiara (GO), onde foi registrado um volume de 45,8 mm, valor 147,6% acima da média histórica (Tabela 1).

Na Região Sudeste, predominaram acumulados de chuva inferiores a 40 mm na maior parte de Minas Gerais e São Paulo (tons em laranja e amarelo na Figura 1). Destaca-se a estação de Jales (SP), que registrou 1,8 mm, valor 97% abaixo da média histórica (Tabela 1). Em contrapartida, em áreas do litoral sul de São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro, foram observados acumulados mensais acima de 50 mm (tons em verde na Figura 1), com destaque para o município de Linhares (ES), que registrou um volume de 82,6 mm, valor 207% acima da média climatológica (Tabela 1).

Em grande parte da Região Sul, os volumes de chuva foram superiores a 70 mm (tons em verde na Figura 1). Os maiores acumulados, acima de 150 mm (tons em azul na Figura 1), concentraram-se no Rio Grande do Sul e oeste de Santa Catarina, com destaque para a estação meteorológica de Alegrete (RS), onde o volume de chuva observado foi 103,5% acima da média histórica (Tabela 1). Já no extremo norte de Santa Catarina, os acumulados ficaram abaixo de 40 mm (tons de laranja e amarelo na Figura 1).

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