Nota de Destaques Meteorológicos em novembro de 2025
Confira os eventos em destaque de Novembro
A Figura 1 ilustra os acumulados de precipitação registrados ao longo do mês de novembro de 2025, a Tabela 1 apresenta os maiores desvios positivos e negativos em relação à média climatológica e a Figura 2 exibe as anomalias de chuva do mês, considerando o período da média climatológica de outubro de 1991-2020. Observa-se que os maiores volumes do mês ocorreram em grande parte da Região Norte, Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Paraná, enquanto grande parte do litoral e porção interior do Nordeste apresentou baixos volumes de chuva.
Na Região Norte, os maiores acumulados de chuva concentraram-se no oeste do Amazonas, Acre, norte de Rondônia, sul do Pará e em grande parte do Tocantins, com totais mensais superiores a 150 mm (tons de azul na Figura 1). Destacam-se as estações meteorológicas de Cruzeiro do Sul (AC), Araguaína (TO), Tarauacá (AC) e Tucumã (PA), que registraram 316,8 mm, 273,0 mm, 265,0 mm e 258,2 mm, respectivamente. Em contraste, em áreas do baixo Amazonas e nordeste do Pará, onde os volumes foram inferiores a 40 mm, foi observado anomalias negativas de até 50 mm em relação à média histórica (tons de laranja na Figura 2), com destaque para a estação de Porto de Moz (PA), onde foram registrados 21,3 mm, valor 64% abaixo da média histórica de novembro para o município (Tabela 1).
Na Região Nordeste, os maiores acumulados de chuva concentraram-se no oeste da Bahia e no centro-sul do Maranhão e do Piauí, com totais superiores a 90 mm (tons em verde escuro e azul na Figura 1). Destacam-se os municípios de Salvador (BA), com 251,4 mm, volume 226% acima da média histórica (Tabela 1), e Lençóis (BA), com 207,5 mm. Por outro lado, no norte do Maranhão e do Piauí, bem como no Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Sergipe, predominou condição de tempo seco, com acumulados inferiores a 30 mm (tons em amarelo e laranja na Figura 1). Nessas áreas, observaram-se anomalias negativas de chuva, com volumes até 75 mm abaixo da média histórica de novembro (tons em laranja na Figura 2). Destaca-se a estação de Zé Doca (MA), que registrou apenas 8,4 mm, valor 84% abaixo da média histórica para o mês (Tabela 1).
Na Região Centro-Oeste, novembro foi marcado pela retomada da regularidade das chuvas, com volumes superiores a 120 mm no norte do Mato Grosso, sul do Mato Grosso do Sul e em Goiás (áreas em azul na Figura 1). Destacam-se as estações de Brasília (DF), Goiás (GO), Amambai (MS) e Cotriguaçú (MT), que registraram totais mensais de 276,2 mm, 274,0 mm, 272,6 mm e 244,0 mm, respectivamente. As anomalias positivas de precipitação concentraram-se no sul do Mato Grosso do Sul e no leste goiano, com volumes mensais até 50 mm acima da média histórica (tons em azul na Figura 2), com destaque para a estação de Ivinhema (MS), cujo total mensal de 250,2 mm esteve 64% acima da média histórica de novembro (Tabela 1).
Na Região Sudeste, predominaram volumes superiores a 150 mm, especialmente no sul de São Paulo e na porção central de Minas Gerais (áreas em azul na Figura 1). Destacam-se as estações de Casa Branca (SP), com 260,6 mm, valor 177% acima da média climatológica, Ouro Branco (MG), com 232,4 mm, e Divinópolis (MG), com 229,6 mm. Por outro lado, o norte de São Paulo, o Espírito Santo, Rio de Janeiro e as porções leste e sul de Minas Gerais apresentaram anomalias negativas de precipitação, com volumes mensais até 75 mm abaixo da média histórica (Figura 2). Destacam-se as estações de Águas Vermelhas (MG) e Montes Claros (MG), cujos totais mensais de 8,6 mm e 58,7 mm estiveram 94,3% e 71,5% abaixo da média climatológica de novembro, respectivamente (Tabela 1).
Em grande parte da Região Sul, os volumes de chuva foram superiores a 90 mm (tons em verde escuro e azul na Figura 1). Os maiores acumulados, acima de 150 mm (tons em azul na Figura 1), concentraram-se no Paraná e no litoral norte de Santa Catarina, com destaque para as estações meteorológicas de Itapoá (SC), com 328,8 mm; Maringá (PR), com 233,6 mm, volume 52% acima da média climatológica, e Dois Vizinhos (PR), com 204,4 mm. Observa-se que o centro-norte do Paraná apresentou anomalias positivas de precipitação em novembro, com volumes mensais até 100 mm acima da média histórica do mês (Figura 2).

Tabela 1 – Precipitação total acumulada em novembro de 2025 indicando os maiores desvios (positivos) nos estados do Pernambuco (PE), Bahia (BA), São Paulo (SP) e Pará (PA), e os menores desvios (negativos) em Minas Gerais (MG), Maranhão (MA) e Rio Grande do Sul (RS).

Figura 1 – Mapa do acumulado de precipitação (mm) em novembro de 2025. Tons em azul escuro indicam áreas mais chuvosas, cuja redução de volumes é representada pela gradação do azul claro, passando pelo verde escuro/claro até os tons de laranja/amarelo.

Figura 2 – Anomalias de precipitação mensal (mm) para o mês de novembro de 2025, considerando a média climatológica do período 1991-2020.
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