Setembro: como será o clima no Brasil?

O mês será marcado por chuva no centro-sul do País, enquanto nas regiões Norte e Nordeste, a tendência é de volumes abaixo da média histórica

Publicado em 30/08/2023 11h11 . Última modificação 30/08/2023 11h33 .

Em setembro, a previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para as regiões Norte e Nordeste é de chuva próxima ou ligeiramente abaixo da climatologia do mês (tons em cinza e amarelo no mapa da figura 1a), com previsão de volumes inferiores a 40 milímetros (mm) no interior da Região Nordeste e leste da região amazônica.

Na costa leste do Nordeste e oeste da Região Norte poderão ocorrer volumes de chuva acima de 50 milímetros.

Para as regiões Centro-Oeste e Sudeste, a previsão indica o predomínio de chuva próxima à média histórica (tons em cinza no mapa da figura 1a), com valores abaixo de 60 mm. Destaque para Mato Grosso do Sul, São Paulo e sul de Minas Gerais (tons em azul no mapa da figura 1a), onde os volumes previstos poderão ultrapassar os 70 mm.

Na Região Sul, a previsão é de chuva acima da média em grande parte dos três estados (tons em azul no mapa da figura 1a), com volumes que podem superar os 140 mm. Porém, em uma pequena área do oeste da região são previstas chuvas ligeiramente abaixo da média histórica.

Agricultura

O prognóstico climático do Inmet para setembro de 2023 e seu possível impacto na safra de grãos 2022/23 para as diferentes regiões produtoras indica que, em áreas do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), a falta de chuva manterá baixos níveis de água no solo e poderá favorecer as fases finais dos cultivos de segunda safra.

Já em áreas do Sealba (Sergipe, Alagoas e Bahia), a redução do armazenamento de água no solo poderá causar restrição hídrica aos cultivos de terceira safra que se encontrarem em fases fenológicas mais sensíveis, principalmente, em áreas do Nordeste da Bahia e em Sergipe.

Em grande parte do Brasil Central, os níveis de água no solo ainda poderão continuar baixos, o que poderá favorecer os cultivos de segunda safra que se encontrarem em maturação e colheita, assim como as safras de cana-de-açúcar e café.

Já em áreas de Mato Grosso do Sul, São Paulo e sul de Minas Gerais, a umidade no solo será suficiente para atender a demanda hídrica dos cultivos de inverno.

Na Região Sul, os níveis de água no solo podem continuar elevados e beneficiar o desenvolvimento dos cultivos de inverno. Porém, em algumas áreas, o excesso de chuva poderá gerar excedente hídrico, impactando a colheita do milho segunda safra no Paraná, além de favorecer a incidência de doenças nos cultivos de inverno.

Temperatura

Em setembro, as temperaturas deverão ficar acima da média em grande parte do País (tons em amarelo e laranja no mapa da figura 1b), principalmente, em áreas do Pará, Tocantins, Maranhão, Piauí e Mato Grosso, onde as temperaturas médias podem superar 28ºC.

Em algumas localidades do sul de Mato Grosso do Sul e em grande parte da Região Sul são previstas temperaturas próximas ou ligeiramente abaixo da média (tons em cinza e azul no mapa da figura 1b).

Nessas áreas, a ocorrência de dias consecutivos com chuva poderá amenizar as temperaturas, chegando a valores inferiores a 20°C. Em áreas de maior altitude dos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, as temperaturas podem ser inferiores a 16ºC, sendo atribuídas aos dias chuvosos e também por incursões de massas de ar frio com potencial de provocar decrescimento das temperaturas em alguns dias.

Figura 1: Previsão de anomalias (diferença entre o valor previsto e a média histórica) de: (a) chuva e (b) temperatura média do ar do modelo climático do Inmet para setembro de 2023.

O INMET é um órgão do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e representa o Brasil junto à Organização Meteorológica Mundial (OMM) desde 1950.

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