PROGNÓSTICO CLIMÁTICO DO INVERNO 2021
O Inverno no Hemisfério Sul inicia-se no dia 21 de junho de 2021 às 00h32 e termina no dia 22 de setembro às 16h21 (horário de Brasília).
Características do Inverno
O Inverno no Hemisfério Sul inicia-se no dia 21 de junho de 2021 às 00h32 e termina no dia 22 de setembro às 16h21 (horário de Brasília). Climatologicamente, a estação é marcada pelo período menos chuvoso das regiões Sudeste, Centro-Oeste e parte da região Norte e Nordeste do Brasil, enquanto as maiores quantidades de precipitação concentram-se sobre o noroeste da Região Norte, leste do Nordeste e parte da Região Sul do Brasil (Figura 1a). Caracteriza-se também, pelas incursões de massas de ar frio, oriundas do sul do continente, que provocam o declínio acentuado das temperaturas média do ar, apresentando valores inferiores a 22ºC sobre a parte leste da regiões Sul e Sudeste do Brasil (Figura 1b). Esta diminuição de temperatura, pode ocasionar:
I) formação de geadas nas regiões Sul, Sudeste e no estado do Mato Grosso do Sul;
II) queda de neve nas áreas serranas e planaltos da Região Sul;
III) episódios de friagem nos estados de Rondônia, Acre e no sul do Amazonas.
Em função das inversões térmicas no período da manhã durante o inverno, observam-se formações de nevoeiros e/ou névoa úmida nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, com redução de visibilidade, impactando especialmente em estradas e aeroportos.
Com a redução das chuvas em grande parte do país nesta época do ano, tem-se a diminuição da umidade relativa do ar, que consequentemente favorece o aumento da incidência de queimadas e incêndios florestais, bem como aumento de doenças respiratórias.
Figura 1: Climatologia de: (a) precipitação e (b) temperatura média do ar para o trimestre Julho, Agosto e Setembro. Período de referência: 1981 – 2010. Fonte: INMET.
Situação Hídrica e Prognóstico para a região Hidrográfica da Bacia do Paraná
O Sistema Nacional de Meteorologia (SNM) foi criado este ano por meio da articulação do MAPA/SDI/INMET e MCTI/INPE, e está sob a coordenação do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM). Sua origem teve como objetivo principal solucionar um problema de décadas como a duplicidade e a indecisão em relação aos dados meteorológicos. Desta forma, no dia 27 de maio de 2021, foi emitido pelo SNM o alerta de emergência hídrica que deu início à várias ações para minimizar o impacto da falta de chuvas na bacia do Rio Paraná.
A persistência das chuvas abaixo da média sobre os estados que compõe a bacia do rio Paraná (Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná) tem contribuído para a diminuição dos níveis dos principais reservatórios da região. Isto é justificado pela Figura 2, em que os meses de outubro a março, que correspondem aos meses mais chuvosos da região, estão apresentando volumes de chuvas abaixo da climatologia desde o ano de 2018. Neste ano, a situação de escassez de chuvas na bacia do rio Paraná foi mais extrema em relação aos anos de 2018 e 2019, principalmente nos dois últimos meses (abril e maio). De acordo com modelo global de previsão climática do INPE, existem grandes chances de as chuvas permanecerem abaixo da média nos próximos meses (vide barras em laranja na Figura 2). No entanto, destaca-se que a maior parte da bacia do rio Paraná encontra-se no início da estação com menor volume de chuvas (estação seca).