La Niña pode continuar até a primavera com intensidade entre fraca e moderada
No Brasil, o fenômeno provoca aumento do volume de chuva nas regiões Norte e Nordeste e volume abaixo da média na Região Sul
Com intensidade fraca, o La Niña deve continuar atuando até o fim do inverno e, também, na primavera, como mostram os modelos de previsão meteorológica. O fenômeno, no entanto, pode começar a enfraquecer gradualmente e chegar à condição de neutralidade já na próxima estação (primavera).
No Brasil, o impacto do La Niña é observado, principalmente, a partir do aumento do volume de chuva nas regiões Norte e Nordeste e, também, volume abaixo da média na Região Sul. Além disso, o fenômeno provoca uma ligeira queda de temperatura nas regiões Sudeste e Sul.
“Nos próximos meses, na parte mais sul do Brasil, há uma tendência de irregularidade nas chuvas, ou seja, uma tendência de que chova de maneira mais concentrada em poucos dias”, explica o mestre e doutor em Climatologia e meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Mozar de Araújo Salvador.
Segundo ele, os transtornos econômicos para o País são enormes. “A atuação do La Niña impacta na pecuária e na agricultura, setores que podem ser afetados pelo excesso de calor, que, normalmente, vem acompanhado pela falta de chuva. É um efeito duplo da atmosfera que afeta a economia”, completa Mozar.
O evento atual do La Niña, que teve início em outubro de 2021, provocou, entre abril e junho deste ano, uma intensificação do frio, atingindo a temperatura de -1,1 °C, o que classificou o fenômeno como moderado no trimestre. Porém, entre os meses de maio e julho, houve um enfraquecimento (fechando em -0,9°C), o que levou o La Niña para a categoria de evento fraco.
Já na última semana de julho e nas duas primeiras semanas de agosto, houve uma retomada do resfriamento das águas do Pacífico Equatorial, intensificando mais uma vez o fenômeno. Contudo, esse atual resfriamento é menos intenso que o ocorrido nos meses de abril e maio deste ano.
La Niña
O La Niña é um fenômeno climático caracterizado pelo resfriamento das águas superficiais das partes central e leste do Pacífico Equatorial, o que provoca mudanças na circulação atmosférica tropical, impactando nas temperaturas e no volume de chuva em todo o mundo. Veja figuras 1 e 2.
Figura 1: Mapa da temperatura média da superfície do mar nos primeiros 15 dias de agosto. Fonte: Inmet.
Figura 2: Mapa da anomalia da temperatura da superfície do mar nos primeiros 15 dias de agosto. O círculo em vermelho no mapa indica o La Niña. Fonte: Inmet.
Para ter acesso aos mapas, clique aqui.
Mais informações sobre o La Niña e a previsão climática para os meses de agosto a outubro estão disponíveis no Boletim Agroclimatológico, divulgado pelo Inmet AQUI.
O INMET é um órgão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e representa o Brasil junto à Organização Meteorológica Mundial (OMM) desde 1950.
Detalhes da previsão do tempo e atualização dos avisos meteorológicos em portal.inmet.gov.br e http://alert-as.inmet.gov.br.
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