Eventos extremos de julho de 2022 no Brasil

O destaque é para as chuvas intensas que se concentraram no Rio Grande do Norte, Paraíba, Rio Grande do Sul e Pernambuco, com acumulados que ultrapassaram a média histórica para o mês.

Publicado em 03/08/2022 16h04 . Última modificação 03/08/2022 16h34 .

Em julho deste ano, os maiores acumulados de chuva foram registrados no Noroeste, na costa leste do Nordeste e no Sul do Brasil (figura 1). A atuação de diferentes sistemas meteorológicos contribuíram para os eventos extremos no País.


Figura 1: Mapa do acumulado de chuvas (mm) nos últimos 30 dias (áreas mais chuvosas em azul escuro e menos chuvosas em verde claro/amarelo).

No Norte do Brasil, áreas de instabilidade associadas a termodinâmica da região contribuíram para a ocorrência de chuvas. As estações meteorológicas do INMET registraram, em Caracaraí (RR), chuvas de 65 mm no dia 24/7 e de 67,2 mm em Urucará (AM), no dia 31/7.

Na costa leste do Nordeste, as chuvas foram causadas por áreas de instabilidade associadas a pulsos provenientes do Oceano Atlântico. Nas estações meteorológicas do INMET, foram registrados volumes de chuvas mais expressivos em Garanhuns (PE), com 100,8 mm, e em Porto de Pedras (AL), com 97,6 mm, ambos no dia 2/7. A formação de um Distúrbio Ondulatório de Leste (DOL) provocou chuvas volumosas em áreas dos estados do Rio Grande do Norte e da Paraíba. Em um único dia, Ceará Mirim (RN) registrou 135,2 mm e Natal (RN), 104,1 mm, ambos no dia 4/7, além de João Pessoa (PB), que registrou 99,8 mm no dia 31/7.

No Sul, a formação de uma frente fria na região provocou acumulados de chuvas significativos em São Gabriel (RS), com 62 mm no dia 15/07, em Santana do Livramento (RS), com valor de 62,4 mm no dia 16/7.

A figura 2 apresenta a imagem de satélite no dia 3/7/2022 às 9h, que realça as chuvas na costa leste do Nordeste e a figura 2b refere-se ao dia 16/7/2022 às 4h (horário de Brasília), que destaca as chuvas no extremo sul do País. Vale destacar que as áreas em vermelho indicam regiões mais favoráveis para ocorrência de chuvas intensas.

Figura 2 A: Imagem de satélite do dia 3/7/2022 às 12 UTC (9h no horário de Brasília).

Figura 2 B: Imagem de satélite do dia 16/7/2022 às 7 UTC (4h no horário de Brasília).


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