Eventos extremos: temperaturas elevadas e baixa umidade marcam julho de 2023

O mês também teve registro de chuvas intensas nos estados do Rio Grande do Sul, Roraima e Sergipe, com volumes que ultrapassaram a média histórica

Publicado em 04/08/2023 12h00 . Última modificação 07/08/2023 14h27 .

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) publicou, nesta sexta-feira (4), um levantamento dos principais fenômenos meteorológicos que atuaram no Brasil em julho de 2023. 

O mês foi marcado por eventos extremos de temperaturas e baixos valores de umidade relativa do ar.

Além disso, houve registro de chuvas intensas somente nos estados do Rio Grande do Sul, Roraima e Sergipe, com volumes que ultrapassaram a média histórica.

Chuva

Em julho deste ano, os maiores volumes (azul escuro no mapa da figura 1) se concentraram no noroeste do País devido à combinação do calor com a alta umidade. 

No leste do Nordeste, o transporte de umidade do Oceano Atlântico para o continente favoreceu a ocorrência de chuvas intensas.

Na Região Sul, um ciclone extratropical foi um dos principais responsáveis pelos grandes volumes, especialmente, no Rio Grande do Sul. 

Já na faixa central do País, devido ao período seco nesta época do ano, não choveu em algumas localidades ou houve registro de pequenas quantidades.

Figura 1: Mapa de acumulado de chuva, em milímetros (mm), em julho (áreas mais chuvosas em azul escuro e menos chuvosas em verde claro/amarelo).


Região Norte: A combinação do calor com a alta umidade provocou, no dia 1° de julho, chuva em Belém (PA), com 87 mm, e em Boa Vista (RR), com 72,2 mm. 

Região Nordeste: A região registrou chuvas mais expressivas devido ao transporte de umidade do Oceano Atlântico para o continente, o que contribuiu para o aumento da nebulosidade e ocorrência de chuva na faixa leste. Destaque para João Pessoa (PB), com 177,6 mm, no dia 07/07; Palmares (PE), com 90,8 mm; Maceió (AL), com 81,8 mm, e Propriá (SE), com 77,7 mm, todos no dia 08/07. O Inmet publicou uma nota técnica sobre as chuvas intensas. Confira aqui.

Região Sul: Um ciclone extratropical favoreceu o transporte de umidade do oceano para o continente e provocou chuvas volumosas. Destaque para os volumes registrados em Torres (RS), com 119 mm, no dia 08/07; Inácio Martins (PR), com 130,8 mm, e Dois Vizinhos (PR), com 127 mm, ambos no dia 11/07; e Bagé (RS), com 120,2 mm, no dia 13/07. Confira a nota técnica elaborada pelo Inmet aqui

A figura 2a, a seguir, mostra a imagem de satélite do dia 07/07/2023, às 8h10min (horário de Brasília), ressaltando a chuva na costa leste do Nordeste, especialmente no estado da Paraíba. 

Já a figura 2b destaca a chuva volumosa no centro-sul do País, principalmente no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, no dia 12/07/2023, às 19 UTC, devido à combinação de um ciclone extratropical com uma frente fria. 

Vale ressaltar que as áreas em vermelho indicam regiões mais favoráveis à ocorrência de chuvas intensas.

Figura 2: Imagem de satélite dos dias (a) 07/07/2023, às 11h10 UTC (8h10min no horário de Brasília) e (b) 12/07/2023, às 22 UTC (19h do horário de Brasília).

Confira a nota técnica completa AQUI!

O INMET é um órgão do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e representa o Brasil junto à Organização Meteorológica Mundial (OMM) desde 1950.


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