Eventos extremos: chuvas intensas no Norte, Nordeste e Sul marcam junho de 2023

Grandes volumes atingiram os estados do Pará, Paraíba, Alagoas, Sergipe, Maranhão e Rio Grande do Sul. O mês também registrou eventos extremos de temperatura e baixa umidade relativa do ar

Publicado em 06/07/2023 16h07 . Última modificação 07/07/2023 09h28 .

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) publicou, nesta quinta-feira (6), um levantamento dos principais fenômenos meteorológicos que atuaram no Brasil em junho de 2023. Os destaques foram as chuvas intensas e, consequentemente, os alagamentos, deslizamentos e impactos no agronegócio. 

A ocorrência de chuvas intensas na Paraíba, Rio Grande do Sul, Pará, Alagoas, Sergipe e Maranhão, com volumes que ultrapassaram a média histórica, também marcou o mês. 

Além disso, houve registro de eventos extremos de temperatura e baixa umidade relativa do ar. 

Chuva

Em junho deste ano, os maiores volumes (azul escuro no mapa da figura 1) se concentraram na faixa norte do País devido à combinação do calor com a alta umidade. 

No leste do Nordeste, a Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) também contribuiu para a ocorrência de chuvas intensas. 

Já na Região Sul, um ciclone extratropical foi um dos principais responsáveis pela chuva, especialmente, no Rio Grande do Sul. 

Na faixa central do País, devido ao período seco nesta época do ano, não choveu em algumas localidades ou houve registro de pequenas quantidades.

Figura 1: Mapa de acumulado de chuva, em milímetros (mm), dos últimos 30 dias. Áreas mais chuvosas em azul escuro e menos chuvosas em verde claro/amarelo.


Região Norte: A combinação do calor com a alta umidade provocou chuva em Belém (PA), no dia 18/06, com volume total de 95,0 milímetros (mm), e em Boa Vista (RR), no dia 27/06, com acumulado de 78,8 mm. 

Região Nordeste: Devido ao canal de umidade sobre o leste do Nordeste, reforçado pela atuação da Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) e pela presença de um cavado invertido em baixos níveis da atmosfera, a região registrou chuva expressiva. Destaque para João Pessoa (PB), com 130,4 mm no dia 09/06. Na ocasião, o Inmet publicou uma nota técnica. Confira AQUI

Região Sul: Um ciclone extratropical favoreceu o transporte de umidade do oceano para o continente, favorecendo a ocorrência de grandes volumes de chuva entre os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Destaque para Campo Bom (RS), com 209,0 mm, Teutônia (RS), com 158,4 mm, Porto Alegre (RS), com 141,7 mm, e Caxias do sul (RS), com 128,0 mm. Estes volumes foram registrados no dia 16/06. O Inmet também publicou uma nota técnica. Veja AQUI

A figura 2a, a seguir, mostra a imagem de satélite do dia 09/06, às 5h (horário de Brasília), que realça a chuva na costa leste do Nordeste, especialmente, na Paraíba. 

Já a figura 2b destaca a chuva volumosa no centro-sul do País, principalmente, no Rio Grande do Sul e Santa Catarina no dia 16/06, às 22h, devido a um ciclone em superfície. Vale ressaltar que as áreas em vermelho indicam regiões mais favoráveis à ocorrência de chuvas intensas.

Figura 2: Imagem de satélite dos dias (a) 09/06/2023, às 08 UTC (5h - horário de Brasília), e (b) 16/06/2023, às 01 UTC (22h - horário de Brasília).


Confira a nota técnica completa AQUI

O INMET é um órgão do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e representa o Brasil junto à Organização Meteorológica Mundial (OMM) desde 1950.


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