Eventos extremos: chuva acima da média, temperaturas extremas e baixa umidade marcam agosto de 2023
O mês registrou chuva no Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Distrito Federal e Amapá, com volumes que ultrapassaram a média histórica, além de calor extremo e ondas de calor
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) publicou, nesta terça-feira (5), um levantamento dos principais fenômenos meteorológicos que atuaram no Brasil em agosto de 2023.
O mês foi marcado por alagamentos, deslizamentos e impactos no agronegócio e, também, pela ocorrência de chuva nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Distrito Federal e Amapá, com volumes que ultrapassaram a média histórica.
Além disso, agosto também registrou extremos de temperaturas e baixos valores de umidade relativa do ar.
Chuva
Em agosto, os maiores acumulados de chuva (tons em azul) se concentraram no noroeste do País, ocorridos, principalmente, devido à combinação do calor e a alta umidade. Na Região Sudeste, a formação de um canal de umidade foi o responsável pela ocorrência de acumulados de chuva, especialmente, nos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo. Já na porção central do País, houve pouca chuva e, em algumas localidades, não choveu, concordando com período seco nesta época do ano.
Figura 1: Mapa do acumulado de precipitação (chuva), em milímetros (mm), nos últimos 30 dias (áreas mais chuvosas em azul escuro e, menos chuvosas, em verde claro/amarelo).
A combinação do calor e alta umidade provocou ocorrência de chuva na Região Norte, como nos municípios de Barcelos (AM), com 67,6 mm, no dia 03/08, e em Macapá (AP), com 105,6 mm, no dia 05/08.
A formação de um canal de umidade se estendeu desde a Amazônia, cruzando o território brasileiro, e a atuação de um sistema frontal sobre o Oceano Atlântico, juntamente com o padrão de ventos nos baixos níveis da atmosfera, favoreceram pancadas de chuva na Região Sudeste. Destaque para os maiores volumes ocorridos, principalmente no dia 28/08, nos municípios de Bertioga (SP), com 85,4 mm, Vila Velha (ES), com 76 mm, Macaé (RJ), com 71,4 mm, e Montalvânia (MG), com 108,2 mm, no dia 29/08.
A figura 2a apresenta a imagem de satélite do dia 05/08/2023, às 22h20 (horário de Brasília), que realça as chuvas no extremo norte do País, mas, especialmente, no estado da Amapá.
Já a figura 2b destaca a formação de um canal de umidade com pancadas de chuva desde o Amazonas até Minas Gerais no dia 30/08/2023, às 18h40 (horário de Brasília). Vale ressaltar que as áreas em vermelho indicam regiões mais favoráveis para a ocorrência de chuvas intensas.
Figura 2:
Imagem de satélite dos dias: (a). 05/08/2023, às 01:20UTC (22h20min no horário de Brasília) e (b). 30/08/2023 21:40UTC (18h40min do horário de Brasília).
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