Eventos extremos: setembro/2023 foi marcado por chuva acima da média no Rio Grande do Sul e calor extremo
O mês também registrou baixos valores de umidade relativa do ar
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) publicou, nesta quarta-feira (4), um levantamento dos principais fenômenos meteorológicos que atuaram no Brasil em setembro de 2023.
O mês foi marcado por alagamentos, deslizamentos e impactos no agronegócio e, também, pela ocorrência de chuva no Rio Grande do Sul, com volumes que ultrapassaram a média histórica.
Além disso, agosto também registrou calor extremo e baixos valores de umidade relativa do ar.
Chuva
Em setembro, os maiores acumulados de chuva (tons em azul no mapa da figura 1) se concentraram no noroeste do País, ocorridos, principalmente, devido à combinação do calor com a alta umidade, e, na Região Sul, devido à formação de um ciclone extratropical e de uma frente fria, responsáveis pela ocorrência de chuva volumosa, especialmente, no estado do Rio Grande do Sul. Já na porção central do País, houve pouca chuva. Em algumas localidades, não choveu, concordando com o período seco nesta época do ano.
Figura 1: Mapa do acumulado de precipitação (chuva), em milímetros (mm), nos últimos 30 dias (áreas mais chuvosas em azul escuro e menos chuvosas em verde claro/amarelo).
A combinação do calor com a alta umidade provocou acumulados de chuva na Região Norte, como nos municípios de Lábrea (AM), com 62,0 mm, no dia 10/09; Caracaraí (RR), com 65,2 mm, no dia 22/09, e Santa Fé do Araguaia (TO), com 83,8 mm, no dia 28/09.
A chuva ocorrida na Região Sul é devido à combinação de sistemas meteorológicos, como frentes frias, baixas pressões e ciclones extratropicais, juntamente com os efeitos do fenômeno El Niño. No dia 04/09, por exemplo, foi possível observar a ocorrência de chuva localmente expressiva no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, com destaque para Cruz Alta (RS), que em 24 horas acumulou 247,1 mm; Ararangua (SC), com 155,8 mm; Passo Fundo (RS), com 153,6 mm; Vacaria (RS), com 146,6 mm; Cambará do Sul (RS), com 144,2 mm; Serafina Corrêa (RS), com 143 mm; Bom Jesus (RS), com 138,4 mm; Ibiruba (RS), com 133,2 mm, e Lagoa Vermelha (RS), com 131,6 mm. O INMET divulgou uma nota com antecipação desse evento. Confira aqui!
A figura 2a, a seguir, apresenta a imagem de satélite do dia 04/09/2023, à 0h10min (horário de Brasília), que realça a chuva mais expressiva na Região Sul, especialmente nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Além disso, áreas de instabilidade na parte central do País foram observadas devido à combinação do calor e do aumento da umidade no dia 27/09/2023, às 18:40UTC (figura 2b). Vale ressaltar que áreas em vermelho indicam regiões mais favoráveis à ocorrência de chuva intensa.
Figura 2: Imagem de satélite dos dias: (a) 09/08/2023, às 03:10 0UTC (0h10min no horário de Brasília) e (b) 27/09/2023 18:40UTC (15h40min do horário de Brasília).
Confira a nota técnica completa AQUI!
O INMET é um órgão do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e representa o Brasil junto à Organização Meteorológica Mundial (OMM) desde 1950.
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