[Atualização] ONDA DE CALOR EM SÃO PAULO E MATO GROSSO DO SUL
Onda de calor bate novo recorde com 44,6ºC em Mato Grosso do Sul; Em São Paulo a temperatura beirou os 42ºC.
Segunda-feira foi o 6º dia consecutivo de temperatura acima de 43 °C em Mato Grosso do Sul e dos 41°C em São Paulo. Campo Grande-MS atinge 41°C e bate recorde.
Nesta segunda-feira (05/10/2020) a histórica onda de calor continuou ativa e até ganhou força em grande parte dos estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo, especialmente entre o centro-norte e nordeste de Mato Grosso do Sul e o norte-noroeste de São Paulo. A marca desta segunda-feira dia 05/10/2020 em Água Clara - MS nordeste do estado, foi de 44,6°C, batendo o recorde anterior desta onda de calor e do estado de Mato Grosso do Sul (44,4°C no dia 1° de Outubro) entrado para a história recente como a maior temperatura registrada no Brasil desde 2006 (igualando com registros de Bom Jesus no Piauí).
Também foram batidos os recordes de São Gabriel do Oeste - MS ao norte de Campo Grande - MS com 42,3°C, maior temperatura desde 2007 quando da abertura da Estação Meteorológica do Inmet ( a anterior foi 41,3°C). Em Coxim a temperatura alcançou 43,7°C e se aproximou do recorde batido no dia 30/09 com 44,1°c. Em Paranaíba, no extremo nordeste do MS, os 43,6°C registrados no dia 05/10 é o maior da série histórica desde 1971 (a anterior era desta onda de calor no dia 30/09/2020 com 42,8°C).
Em Campo Grande-MS a temperatura registrou novo recorde de seu histórico com 41,0°, superando os 40,8 °C registrados na última quarta-feira dia 30/09.
Calor extremo também foi observado no estado de São Paulo sobretudo no norte e noroeste do estado. Em Jales-SP foi registrado 41,9°C, novo recorde já que supera os 41,7°C verificados no dia 30/09. Essa é a maior temperatura desde 2007 quando da abertura da Estação Meteorológica. Outros valores acima dos 41°C também foram registrados: Votuporanga - 41,8°C, Ibitinga - 41,2°C e 41,1°C em Barretos.
A Marca de 42,1°C verificada no sábado em Catanduva é a maior temperatura desde 1961 naquela localidade (a anterior era 41,2°C do dia 30/09, valores que bateram a máxima de 40°C em 2019).
Na capital São Paulo-SP: De acordo com as medições da Estação Meteorológica Automática do Inmet-Mirante de Santana, a temperatura máxima desta segunda-feira 05/10, foi de 35,9°C, valor registrado perto das 15h, o 5° maior valor do histórico de 1943-2020 para um mês de outubro. Após o final de semana de alívio no calor na faixa leste do estado (São Paulo capital teve 29,6°C e 22,3°C, no sábado e domingo, respectivamente) a temperatura voltou a disparar nesta segunda. Na última sexta-feira 02/10/2020 a capital registrou 37,4°C, sua maior temperatura do ano e a 2ª maior temperatura da série histórica das medições do Inmet no Mirante de Santana na Capital Paulista, as quais datam de 1943. O recorde de temperatura máxima absoluta para a Capital (considerando o Mirante de Santana como referência de comparação) ainda é de 37,8 °C em 17/10/2014.
A causa do intenso calor que assola grande parte do território brasileiro, ainda é um persistente bloqueio atmosférico que se instalou na área central do Brasil. Os ventos subsidentes (movimentos de cima para baixo) em níveis médios até a superfície provocam o tempo quente com máximas acima dos 40°C e baixa umidade, valores inferiores a 15%, principalmente do centro para o norte do estado de São Paulo.
O calor continua muito intenso até a quinta-feira 08/10 mas a gradual mudança de padrão atmosférico ocorre a partir desta terça-feira 06/10.
Embora o calor prossiga com força, ainda com potencial de recordes entre o centro-norte de São Paulo e o nordeste do Mato Grosso do Sul, o gradual aumento de umidade, virá em parte através dos ventos de noroeste amazônicos que começam a ficar mais úmidos nesta época do ano, da brisa marítima que vem do Oceano Atlântico, de áreas de instabilidade e aproximação de frente fria do sul do País nos próximos dias. Chuva mais regular e mais generalizada é prevista a partir da próxima quinta-feira e sobretudo a partir da sexta-feira 09/10 quando o padrão de bloqueio atmosférico deve ser rompido e a umidade alcança também o centro e Sudeste do País.
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