SÃO PAULO CAPITAL, BALANÇO DA PRIMAVERA E PROGNÓSTICO PARA O VERÃO 2020/2021

Na Capital, a primavera apresentou um total de precipitação de 556,6 mm, valor acima da média, a qual é de aproximadamente 440 mm. Houve 44 dias com registro de chuva mensurável, ao longo dos 91 dias desta estação do ano recém encerrada. O volume de chuva ficou além da média em cerca de 27 % .

Publicado em 22/12/2020 13h37 . Última modificação 22/12/2020 14h04 .

- Balanço da Primavera


Em termos astronômicos, a primavera, a qual teve início dia 22 de setembro às 10h31, terminou dia 21, com o início do verão às 07h02min (horário de Brasília)


Na rede de Estações Meteorológicas do Inmet no estado de São Paulo, os totais de chuva da primavera (senso estrito astronômico[1]) variaram entre um mínimo de cerca de 250 mm em áreas noroeste/sudoeste do estado a 655 mm no litoral sul (Iguape), o mapa com a distribuição preliminar dos totais de precipitação está apresentado na Figura 1. 

Figura 1: distribuição preliminar dos totais de chuva registrados na primavera de 2020.

Vale ressaltar que, em termos climatológicos, para o hemisfério sul se considera os meses de junho a agosto como representativos do inverno e de setembro a novembro como da primavera. De uma forma geral, nessa definição climatológica, as estações do ano se iniciam no primeiro dia dos meses nos quais ocorrem os equinócios ou os solstícios.

- Capital: Primavera com chuva e temperaturas acima da média


Na Capital, a primavera apresentou um total de precipitação de 556,6 mm, valor acima da média, a qual é de aproximadamente 440 mm. Houve 44 dias com registro de chuva mensurável, ao longo dos 91 dias desta estação do ano recém encerrada. O volume de chuva ficou além da média em cerca de 27 %[1].

A Estação Meteorológica do Mirante de Santana registrou uma primavera com média das temperaturas mínimas de 17,5 °C, valor de um grau acima da média histórica, que é de 16,5 °C (1961 a 2019). A menor temperatura do período na Capital foi de 12,0 °C, registrada ao amanhecer do dia 3 de novembro.

A média das temperaturas máximas ficou em 28,3 °C, valor 2,1 °C acima da média histórica de 26,2 °C (1961 a 2019). Por sua vez, a maior temperatura foi de 37,4 °C, ocorrida na tarde do dia 2 de outubro. Essa temperatura responde agora pelo vice recorde das temperaturas máximas absolutas de toda a série histórica paulistana, do Mirante de Santana. Das cinco ocorrências de temperaturas acima dos 37 °C do histórico, quatro ocorreram nesta primavera, como pode ser visto na Tabela 1.

A causa do intenso calor, que assolou grande parte do território brasileiro, foi um persistente “bloqueio atmosférico” que se instalou na área central do Brasil, entre fins de setembro e início de outubro, promovendo forte subsidência do ar, movimento lento e persistente de ar de cima para baixo desde níveis médios troposféricos até a superfície. Essa configuração típica de alta pressão anômala, inibe o desenvolvimento de nuvens convectivas e também dificulta a incursão de frentes frias vindas do sul do país, além de promover aquecimento adiabático (por compressão da massa de ar) de grande parte da coluna atmosférica.


Tabela 1: Maiores temperaturas da história registradas na Estação do Mirante de Santana (1943-2020):


Veja o Balanço completo
 AQUI.