O que é e como se forma um ciclone? Entenda agora!

O fenômeno pode ser dividido em três categorias: tropicais, extratropicais e subtropicais

Publicado em 17/08/2023 15h04 . Última modificação 18/08/2023 13h38 .

Ciclone é uma área fechada de baixa pressão atmosférica, onde os ventos giram no sentido horário no Hemisfério Sul. Esse movimento no sentido horário concentra umidade no centro do ciclone, ou seja, na área de menor pressão. Assim, o deslocamento ascendente do ar, que está quente e úmido nesta área, provoca a formação de nuvens carregadas.

No caso dos anticiclones, o centro de alta pressão atmosférica provoca movimentos descentes do ar.

Toda essa movimentação do ar faz com que os ciclones ajam como reguladores das temperaturas entre os polos Sul e Norte e também a região da Linha do Equador, proporcionando um equilíbrio térmico de energia e vapor d’água na atmosfera.

A presença de um ciclone nos oceanos é bastante comum. Já a formação do fenômeno no continente é mais rara.

Assista ao vídeo sobre ciclones abaixo:

Características dos ciclones

Ao todo, os ciclones pode ser divididos em três categorias: tropicais, extratropicais e subtropicais. Saiba mais sobre cada um deles:

Tropicais: são também conhecidos como furações ou tufões e costumam ser mais intensos e devastadores. Seu núcleo ou centro de baixa pressão, é quente, muito profundo e se estende da superfície até as camadas mais superiores da atmosfera. Os ciclones tropicais se formam entre as latitudes de 20° ao sul e 20° ao norte do globo terrestre e nunca estão associados a uma frente fria.

Os ciclones tropicais atuam em regiões equatoriais sobre os oceanos e retiram energia do calor do mar. A intensidade de um ciclone extratropical é medido a partir dos ventos. Esse tipo de fenômeno tem entre centenas e milhares de quilômetros e a medida do raio dele é baseada no ponto máximo que o vento mais intenso pode alcançar.

Extratropicais: são os mais comuns no País. Eles se formam entre as latitudes de 30° e 60° do globo terrestre nos dois hemisférios e são sempre associados a uma frente fria. Seu núcleo ou centro de baixa pressão é frio, ou seja, possui temperaturas mais baixas que a atmosfera externa. Eles ocorrem durante todo o ano, mas a frequência maior acontece no inverno.

A intensidade deste tipo de ciclone é medido a partir da pressão. Esse fenômeno tem diâmetro de milhares de quilômetros e a medida do raio dele é baseada no ponto máximo que as linhas de maior pressão podem alcançar.

Subtropicais: possui características dos ciclones tropicais e extratropicais. Esse tipo de fenômeno é mais comum entre os litorais da Região Sudeste e da Bahia e ocorrem entre as latitudes de 20° e 40° do globo terrestre nos dois hemisférios.

Os ciclones subtropicais também são medidos a partir da pressão. Eles costumam se formar no período da primavera e nem sempre são associados a uma frente fria. Os ciclones subtropicais, normalmente, são menos intensos.

Os ciclones subtropicais têm núcleo quente e frio e quanto mais perto da superfície, mais elevadas são as temperaturas. Já na parte superior do núcleo, as temperaturas diminuem.

Alguns ciclones recebem nome de acordo com as regras da Marinha do Brasil, contudo, esse fator não define a intensidade do fenômeno.

Fenômenos no Brasil

Em março de 2004, a Região Sul foi atingida por um ciclone tropical que recebeu o nome de “Catarina”. O fenômeno resultou na morte de 11 pessoas e provocou bastante destruição, especialmente, no sul de Santa Catarina e em parte do litoral norte do Rio Grande do Sul.

Já, em julho de 2023, a mesma região do País foi atingida por um ciclone extratropical. Na ocasião, o fenômeno se formou no continente e provocou chuvas e ventos fortes, principalmente, nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

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