No Uruguai, Inmet participa de reunião sobre redução de riscos de desastres
O encontro busca fortalecer o trabalho operacional e a coordenação institucional entre os serviços meteorológicos e hidrológicos nacionais e os serviços nacionais de gestão de desastres em cada país
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) participou, nessa segunda-feira (27), de uma reunião internacional para debater a redução de riscos de desastres. Organizado pelo Escritório das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres (UNDRR), em parceria com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), o evento, que ocorreu em Punta del Este, no Uruguai, antecede a realização da 8ª sessão da Plataforma Regional para Redução de Riscos de Desastres nas Américas e no Caribe (PR23), entre os dias 28/02 e 02/03.
O encontro internacional teve como principal objetivo o compartilhamento de boas práticas para fortalecer o trabalho operacional e a coordenação institucional entre os Serviços Meteorológicos e Hidrológicos Nacionais (SMHN) e os Escritórios Nacionais de Gestão de Riscos de Desastres no contexto da iniciativa "Alerta Antecipado para Todos”, lançada na 27ª edição da Conferência das Partes (COP 27), na Convenção Marco das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (CMNUCC).
Dentre todos os esforços, a iniciativa também busca explicar detalhadamente o papel dos serviços meteorológicos e das autoridades de gerenciamento de desastres no projeto; desenvolver e monitorar sistemas de alerta precoce de perigos múltiplos; discutir lacunas e desafios sobre o tema; fornecer melhor compreensão das ferramentas, como a previsão baseada em impacto e o uso do protocolo de alerta comum (forma padrão de alerta adequada para todas as emergências e mídias); fortalecer a coordenação e a comunicação para garantir que os alertas precoces cheguem aos que mais precisam e discutir como integrar os sistemas de alerta precoce de perigos múltiplos na adaptação às mudanças climáticas e nos esforços de desenvolvimento sustentável.
A reunião coincidiu com uma série de desastres naturais de grandes impactos, como os incêndios florestais, o calor extremo e a longa seca na Argentina, Chile e Uruguai; as fortes chuvas no estado de São Paulo, no Brasil, e as tempestades de inverno na América do Norte. Para completar, o Caribe também se prepara para outra temporada de furacões.
“O número de desastres relacionados ao clima em todo o mundo aumentou cinco vezes nos últimos 50 anos, mas nem todos os países da América Latina e do Caribe têm sistemas completos de alerta precoce contra riscos frequentes, como inundações. Queremos garantir que todos recebam essa proteção até 2027”, afirmou o secretário-geral da OMM, professor Petteri Taalas.
Representante do Inmet, a meteorologista Marcia Seabra destacou a importância do debate. “Hoje, nossa principal discussão é como os serviços meteorológicos podem aprimorar seus avisos a partir de melhorias na observação e no treinamento dos profissionais e, dessa forma, fazer com que eles (avisos) cheguem, de fato, aos mais vulneráveis”, concluiu.
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