El Niño 2024: boletim de fevereiro
A edição nº 6 divulgada nesta quinta-feira (7), mostra o enfraquecimento do fenômeno.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastre (Cenad) divulgaram nesta quinta-feira (7), o boletim nº 6 com o objetivo de apresentar o monitoramento, previsões e os possíveis impactos do El Niño no Brasil em 2024.
O documento é resultado do trabalho realizado em parceria pelos órgãos nacionais e oficiais sobre monitoramento, regulação do uso das águas, gestão de riscos e previsão do clima e tempo. Mensalmente, o conteúdo será atualizado para disponibilizar informações acerca do fenômeno e, assim, apoiar os órgãos federais e estaduais além de contribuir para a tomada de decisões governamentais referentes ao País.
Apesar de atualmente o fenômeno estar classificado como forte, a intensidade do fenômeno deve mudar de moderada para fraca nos próximos meses com possibilidade de formação do La Niña no segundo semestre.
As previsões de temperatura da superfície do mar para a região do Oceano Pacífico Equatorial, produzidas por modelos climáticos globais, indicam uma alta probabilidade (75%) de que as condições de El Niño continuem a se manifestar nos próximos meses (março-abril-maio), com enfraquecimento gradual e intensidade variando de moderada a fraca (anomalias de temperatura da superfície do mar na região do Pacífico central inferiores a 1,4°C).
Há chances de uma possível transição para neutralidade no trimestre abril-maio-junho e persistência de condições neutras até meados de julho/2024.
De acordo com as projeções estendidas do IRI (International Research Institute for Climate and Society), existe a possibilidade da formação do fenômeno La Niña no segundo semestre de 2024, com 55% de probabilidade.
Figura 1: Previsão probabilística do IRI para ocorrência de El Niño ou La Niña.
Armazenamento de água no solo e vazões dos rios
Em relação à previsão do armazenamento de água no solo para o mês de março de 2024, indica elevação da umidade no solo em grande parte da Região Norte e oeste da Região Nordeste, bem como em áreas da região central do País e leste da Região Sul, devido às chuvas dos últimos meses. Este cenário pode favorecer o desenvolvimento dos cultivos de primeira safra nas principais regiões produtoras.
Já na parte leste da Região Sul, a previsão indica elevados níveis de umidade, com exceção do oeste do Paraná e Santa Catarina, além do sudeste do Rio Grande do Sul, onde são previstos valores de umidade do solo mais baixos.
No Mato Grosso do Sul, sul do Mato Grosso, norte de Roraima e centro-leste da Região Nordeste, bem como no Espírito Santo, oeste de São Paulo e norte de Minas Gerais, a previsão indica uma redução dos níveis de armazenamento de água no solo para março/2024, que podem afetar o desenvolvimento dos cultivos de primeira safra.
Para acessar a íntegra do boletim nº 6 clique AQUI.
O INMET é um órgão do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e representa o Brasil junto à Organização Meteorológica Mundial (OMM) desde 1950.
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